Buraco das perversões

Nunca tive medo de lutar. Havendo cara a cara e regras declaradas, sempre fui um lutador. Mas nunca soube lutar às escuras, contra a sombra e a perversão. Nunca. E tampouco quis aprender. Contra este adversário eu quis sempre perder, virar minhas costas, estar vulnerável, e abrir picada sozinho trilhando um caminho luminoso. Ainda hoje, declaro rendição a todas as perversões que me rodeiam. Declaro fraqueza diante de todas elas. Se elas têm foice, eu ofereço as costas. Mas diante dos meus olhos há de haver sempre um campo verde e ensolarado, diante de quê quero me ajoelhar na hora da morte, ou caminhar enquanto vivo.